É inegável que tivemos bolas lendárias em alguns dos últimos torneios de Copa do Mundo. Quem poderia esquecer, por exemplo, a Copa de 2010 na África do Sul, onde a famigerada bola Jabulani causou puro caos por toda parte? Vimos goleiros como Gianluigi Buffon, Manuel Neuer e Hugo Lloris todos apanhados pela natureza errática da bola, o que contribuiu para um espetáculo à parte.
Agora, na iminência da realização de mais uma Copa do Mundo, isso significa que uma nova bola está no horizonte. Neste artigo, listamos tudo o que você precisa saber sobre a bola que será usada na Copa do Mundo de 2022 no Catar.
Qual é a bola da Copa do Mundo 2022?
A bola oficial da Copa do Mundo no Catar é a Adidas Al Rihla. Quando traduzido para o portugês, o termo “Al Rihla” significa “A Jornada”, como uma forma de simbolizar a jornada esportiva que norteia a carreira dos jogadores que a usam.
Fabricada pela Adidas, a bola estará presente em todos os jogos do torneio esportivo mais popular do mundo. A empresa de materiais esportivos alemã foi a responsável pela fabricação de bolas para os últimos 14 torneios de seleções da FIFA e mais uma vez recebeu a missão de realizar um bom trabalho para o Catar.
A descrição da bola retirada do site oficial da Adidas é a seguinte: “A jornada começa no momento em que você chuta a bola e, a partir daí, você pode segui-la aonde quer que ela o leve. Esta é uma bola de Copa do Mundo que reage ao seu movimento e suas ideias, transformando isso tudo em ação.”
Quais são as suas inovações?
Projetada de dentro para fora usando dados obtidos a partir de testes rigorosos realizados nos laboratórios da Adidas, em túneis de vento e em campo pelos próprios jogadores, a Al Rihla oferece os mais altos níveis de precisão e confiabilidade no campo de jogo. A Al Rihla é feita exclusivamente com tintas e colas à base de água e conta com duas características inovadoras:
- CRT-CORE: o coração da bola. Segundo a Adidas, ele fornece velocidade, precisão e consistência nas partidas mais intensas;
- SPEEDSHELL: um couro de poliuretano texturizado com um formato inovador de 20 painéis que melhora a estabilidade e a rotação da bola no ar graças às suas macro e micro texturas, bem como estrutura de contra-relevo de sua superfície.
Curiosamente, o novo design permite que esta bola mantenha uma velocidade muito maior enquanto viaja pelo ar. Outro fato interessante é que esta bola foi concebida tendo como prioridade a sustentabilidade, o que explica a estratégia de produzi-la exclusivamente com tinta e cola à base de água.
A bola usada na primeira Copa do Mundo era muito diferente
Realizada no Uruguai no ano de 1930, a primeira edição da Copa do Mundo da FIFA não possuía necessariamente uma bola oficial. Na verdade, foram usadas duas: a Tiento, produzida pela Argentina, e a T-Model (foto acima), fabricada pelo Uruguai, ambas utilizadas na final entre os dois países.
Vale destacar que a decisão de utilizar ambas as “pelotas” ocorreu após uma discussão entre as duas nações, que queriam ser as responsáveis pelo equipamento. No fim, foi costurado um acordo em que cada uma foi utilizada em um dos tempos do jogo.
De certo modo, o papel das bolas parece ter sido importante, pelo menos do ponto de vista supersticioso, visto que a Argentina venceu o primeiro tempo por 2 a 1, mas o Uruguai voltou ao segundo tempo com sua T-Model e virou o jogo para 4 a 2, tornando-se a primeira seleção a ser campeã da Copa do Mundo.
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Obviamente, as bolas não contavam com as tecnologias avançadas usadas pela Adidas nos tempos modernos. Ambas eram, na verdade, feitas puramente à mão em couro, com costura espessa e bexiga interna. Para piorar a situação, elas ficavam mais pesadas debaixo da chuva e causavam problemas em jogadas aéreas. Hoje, as bolas utilizadas são muito mais leves e confiáveis.
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