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De certo modo, um bebê recém-nascido é como uma folha de papel em branco, já que é preciso ensiná-lo e ajudá-lo a reconhecer o mundo. Ainda assim, uma coisa que todos os recém-nascidos parecem saber é a identidade da mãe. Então, a pergunta que fica é: como os bebês são capazes de reconhecer sua figura materna?
Bem, acontece que os bebês recém-nascidos são mais inteligentes do que muita gente pode pensar. Eles podem não ter nenhum conhecimento do mundo real, mas esses adoráveis e minúsculos seres humanos podem reconhecer suas mães através do uso de seus sentidos.
Bebê recém-nascido pode reconhecer a mãe pela audição
Notavelmente, os bebês recém-nascidos têm o sentido da audição ativado antes mesmo de virem para o mundo. Para se ter uma ideia, os fetos humanos podem ouvir a voz materna ainda quando estão no próprio útero!
Um bebê no útero pode ouvir a voz da mãe e reconhecê-la a partir do terceiro trimestre. Por volta de 30 semanas no período gestacional, os mecanismos (sensoriais e cerebrais) já estão desenvolvidos o suficiente para permitir isso, o que significa que os bebês no útero podem ouvir e reconhecer a voz de sua mãe nas últimas 10 semanas de gravidez.
Depois que o bebê vem ao mundo, ele naturalmente passa a dar mais preferência à voz materna, devido à familiaridade já construída. A exposição pré-natal, portanto, desempenha um papel importante no reconhecimento, sendo que a identificação do bebê melhora ainda mais com a exposição contínua à voz de sua mãe.
Um estudo mostrou que até mesmo bebês prematuros eram capazes de reconhecer a voz da mãe. Na pesquisa realizada, evidenciou-se que os bebês que ouviam a voz da mãe sugavam a chupeta mais forte e por mais tempo. Por outro lado, os bebês que foram expostos a vozes femininas desconhecidas não apresentaram tal comportamento.
Gradualmente, o bebê se torna experiente o suficiente ao ponto de diferenciar até mesmo as vozes de seu pai e de outros membros da família de pessoas desconhecidas.
Um bebê recém-nascido também reconhece a mãe pelo cheiro
Assim como o sentido da audição, o sentido do olfato se desenvolve e se torna funcional enquanto o bebê ainda está no útero. Mas, afinal, o que há para “cheirar” no útero? Líquido amniótico, é claro!
O âmnio é uma bolsa que envolve o feto no útero. Ele é preenchido com um fluido chamado líquido amniótico, que é o mesmo fluido que sai quando a “bolsa rebenta” de uma mulher. O bebê fica seguro dentro desta bolsa amniótica e o fluido atua como amortecedor e fonte de nutrientes para o bebê durante toda a gravidez.
Após o nascimento, o bebê instintivamente se volta para o seio da mãe, pois é uma fonte efetiva do odor amniótico. Já no primeiro dia, os bebês que choram são acalmados quando aproximados da mãe justamente por causa do odor materno familiar.
As mães normalmente permanecem em contato mais próximo com o bebê, seja durante a alimentação ou até mesmo em outros momentos. Assim, o bebê fica mais exposto ao odor materno. Consequentemente, o bebê também começa a reconhecer que esse odor é aquele que lhe proporciona nutrição e conforto e, como resultado, desenvolve uma preferência pelo cheiro materno.
Uma palavra final
Ainda que o sentido da visão não esteja totalmente desenvolvido no momento do nascimento, os bebês ainda podem surpreender. Por exemplo, uma pesquisa mostrou que os pequenos tendem a processar rostos mais facilmente do que outros objetos, mesmo que sua visão seja notoriamente turva durante as primeiras semanas de vida. Na prática, isso ajuda a explicar o fato de que os bebês adoram olhar para rostos.
No entanto, eles não são capazes de reconhecê-los até cerca de 3-6 meses de idade. Ainda assim, os bebês nessa idade são capazes de reconhecer e diferenciar o rosto de sua mãe dos outros.
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Com tudo isso em mente, fica evidente que os bebês saem para o mundo exterior com uma quantidade adequada de conhecimento para reconhecer sua principal cuidadora e gradualmente aprendem mais sobre ela em apenas alguns meses!
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