O beija-flor é um pássaro muito conhecido pela utilização do seu bico para cutucar flores em busca de néctar. Os beija-flores são nativos da América Central, embora também possam ser encontrados em todo o grande continente americano. De um modo geral, eles preferem regiões subtropicais cheias de vegetação por questões alimentares.
Ao longo deste artigo, você vai ficar por dentro da fascinante vida do beija-flor, um pássaro que, assim como vários outros, costuma migrar no inverno e retornar para as áreas mais quentes na primavera.
O início da vida de um beija-flor
O ciclo de vida do beija-flor consiste em vários estágios. Após o acasalamento, os casais se separam e as mães se tornam as responsáveis pela confecção dos ninhos. Elas constroem seus ninhos em forma de xícara, usando galhos e pedaços de cascas de árvores, com um pequeno orifício no qual podem caber metade de seus minúsculos corpos.
De acordo com o Hummingbird Central, elas podem até construir uma espécie de almofada com teias de aranha que encontram nas proximidades, camuflando a estrutura com musgo ou plantas. O ninho é geralmente do tamanho de uma noz, o que equivale a seis centímetros de altura e aproximadamente quatro centímetros de diâmetro. Na prática, essa estrutura serve apenas para depositar e chocar ovos, não para descanso da mãe.
Vale destacar que as fêmeas põem até três ovos por temporada, sendo que eles costumam ser do tamanho de um grão de café. Os beija-flores recém-nascidos dependem inteiramente de suas mães, pois não têm penas até o oitavo dia de vida e nem sequer sabem como comer sozinhos. É por isso que a mãe deve deixar o ninho e procurar pequenos insetos para regurgitar no bico de seus bebês.
A vida adulta de um beija-flor
Depois de três semanas de cuidados intensivos, os filhotes adquirem a capacidade de se defender sozinhos e deixar o ninho. A partir daí, eles já são considerados “adultos”. Curiosamente, nesse estágio, eles tendem a passar muito tempo comendo! Um beija-flor pode consumir muito néctar em um dia, até um terço de seu peso corporal! Isso se faz necessário porque essas criaturas precisam de muita energia para voar tão rápido.
O beija-flor é um animal solitário e só busca parcerias sexuais durante a temporada de acasalamento. Nesse período, os machos fazem certos movimentos interessantes com suas asas, alguns dos quais são manobras muito divertidas, sempre com o objetivo de atrair as fêmeas.
Na maioria dos casos, a fêmea escolherá um parceiro de acordo com o movimento que o macho faz no ar. Se ela aceita um companheiro, ela se aproxima dele, caso contrário, ela continuará voando em busca de um companheiro mais atraente. Os machos tendem a ser bastante territoriais com seu próprio sexo e podem acasalar com várias fêmeas dentro dos limites de seu território.
Por último, não podemos deixar de citar que a migração é uma parte importante da vida de um beija-flor. No inverno, eles se mudam para áreas mais quentes e, na primavera, voltam para casa com o objetivo de se acasalar novamente. Estima-se que o tempo de vida dessas aves seja de 3 a 5 anos quando vivem livremente.
Uma palavra final
Vale destacar que um beija-flor bate as asas, em média, até 53 vezes por segundo, de acordo com o EarthSky. O mais rápido de todos é o estrelinha-ametista (Calliphlox amethystina), que pode bater as asas a uma taxa de 80 vezes por segundo. No outro extremo está o beija-flor-gigante (Patagona gigas), que bate as asas a uma taxa de 10-15 vezes por segundo.
O batimento rápido das asas dessas aves se dá porque elas precisam ficar estáticas no ar durante a extração do néctar das flores, o que só pode ser alcançado com um ritmo pra lá de frenético. Da mesma forma, esses movimentos rápidos fazem com que essas criaturas não virem alvo fácil de predadores.
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De um modo geral, os beija-flores também têm um metabolismo muito alto e podem entrar em uma espécie de “estado letárgico” por várias horas para conservar energia. Os beija-flores não têm problemas em voar com ventos fortes e se comunicam emitindo um chiado muito característico.
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