Zona Curiosa
Um tabuleiro ouija, também conhecido como “tábua ouija”, é uma espécie de superfície plana que conta com letras, números ou outros símbolos em que se coloca um indicador móvel. Originalmente, esse objeto foi criado para servir como um “método de necromancia” e de “comunicação com espíritos”.
Algumas pessoas que acreditam na possibilidade de contato com o mundo dos mortos argumentam que o espírito comunicante utiliza os sentidos do participante durante as sessões. Por conta disso, os adeptos dessa teoria sugerem que o tabuleiro não tem poder próprio, mas serve como ferramenta para o médium se comunicar com o mundo dos espíritos.
Acreditar na existência de poderes sobrenaturais é uma opinião altamente pessoal e individualista. Dito isto, este post não foi escrito para discutir sobre essa questão específica, mas para fornecer evidências científicas a favor ou contra certas ações atribuídas às forças paranormais supostamente presentes nas ações envolvendo o ouija.
Sem mais delongas, vamos explorar o funcionamento desse tipo de tabuleiro!
O que é um tabuleiro ouija?
Supondo que você está lendo este artigo, tenho quase certeza de que você já deve estar familiarizado com o conceito básico de um tabuleiro ouija. Geralmente, um tabuleiro desse tipo tem todo o alfabeto, números de 0 a 9 e as palavras “SIM” e “NÃO” impressas nele.
Os usuários se reúnem ao redor do tabuleiro e colocam as mãos sobre ele. Em seguida, um deles faz uma pergunta, pedindo aos espíritos que respondam. A pergunta pode ser respondida com um simples “sim” ou “não”, mas se a resposta exigir mais palavras do que essas duas opções, o indicador se move para apontar para as letras necessárias para soletrar a resposta.
Muito comumente, isso é considerado uma farsa, de modo que a teoria mais comum e plausível para explicar isso envolve que um ou mais dos próprios participantes empurram o indicador em direção às letras desejadas. No entanto, muitas pessoas juram que nunca empurraram o indicador conscientemente.
Então, o que há por trás dessa estranha feitiçaria?
A curiosa relação entre o efeito ideomotor e o tabuleiro ouija
Antes de correlacionar essa ideia ao tabuleiro ouija e a várias outras ocorrências semelhantes, deixe-me familiarizá-lo com o conceito das respostas ideomotoras. Basicamente, as ações ideomotoras são ações inconsciente em que nossos músculos reagem a um pensamento em nossa cabeça, mesmo que não o façamos conscientemente.
Isso geralmente é um reflexo da mente subconsciente e do que está acontecendo por lá. Em um caso típico de efeito ideomotor, um pensamento ou imagem mental desencadeia uma reação reflexa que geralmente passa quase despercebida pela própria pessoa.
Agora, vamos voltar ao tabuleiro ouija. A pessoa que acaba movendo o indicador sobre o tabuleiro não o faz conscientemente, mas sim em resposta ao seu subconsciente. Na prática, a mente subconsciente tende a antecipar ou desejar uma determinada resposta e, assim, acaba induzindo uma resposta motora no corpo para mover a peça no tabuleiro.
Portanto, os usuários do tabuleiro ouija até estão corretos ao dizer que não movem o indicador conscientemente, mas estão errados ao dizer que não o moveram de forma alguma.
O efeito ideomotor na hipnoterapia
Como a resposta ideomotora é amplamente baseada em nosso subconsciente, ela é frequentemente usada durante sessões de hipnoterapia. Mais comumente, até o uso de movimentos dos dedos é empregado para essa finalidade.
Por exemplo, um terapeuta pode pedir ao paciente que atribua um dedo para o “sim” e um dedo para o “não”. Uma vez hipnotizado, o terapeuta pode fazer perguntas e, com base na resposta, o dedo correspondente se move ou se contrai como uma resposta ideomotora. Dependendo do terapeuta, esse método pode ser aplicado não apenas aos dedos, mas também a outras partes do corpo.
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No fim das contas, o fato é que a resposta ideomotora é um conceito muito fascinante que prova que, não importa o quanto acreditemos que estamos conscientemente no controle de nós mesmos, nosso subconsciente sempre vai prevalecer.
Muito interessante, não é mesmo? Se você gostou desse post, não se esqueça de compartilhá-lo! 😉
