É quase certo que você já ouviu falar sobre o pássaro dodô em suas aulas de biologia no ensino médio. Como essa espécie simpática foi extinta há alguns séculos, agora temos apenas suas descrições históricas, ilustrações e alguns esqueletos preservados em museus.
Ao longo desse artigo, nós vamos explorar quais eram as características dos dodôs, onde viviam e por que eles foram extintos.
Como era o pássaro dodô?
O dodô (de nome científico Raphus cucullatus) era uma ave não voadora e que vivia na serena ilha de Maurício. A origem do nome “dodô” é discutível. Alguns acreditam que o termo veio do holandês “dodaars”, que significa “cauda atarracada”, enquanto outros afirmam que é derivado da palavra da língua portuguesa “doido”.
Os dodôs eram endêmicos e exclusivos da ilha de Maurício. Com base no habitat e ecossistema da ilha, seus corpos se adaptaram perfeitamente para sobreviver na região. Sua dieta estava ligada à árvore tambalacoque, também conhecida como árvore-dodô. Os biólogos acreditam que os dodôs também se alimentavam de nozes, frutas, raízes e pequenos insetos.
Os dodôs não tinham predadores naturais. De fato, alguns biólogos acreditam que eles perderam a capacidade de voar devido à ausência de tais predadores. Além disso, os dodôs colocavam seus ovos diretamente no solo, o que mais tarde representaria uma ameaça para os nascituros com a chegada dos humanos e seus animais de estimação.
Embora os dodôs fossem frequentemente descritos como gordos e preguiçosos, além de contarem com um apetite imenso, é possível que essa representação tenha sido distorcida pela perspectiva injusta dos exploradores. Historicamente, os dodôs não estavam acostumados com a presença de humanos, o que explica por que eles eram dóceis quando encontravam marinheiros e exploradores.
Como o pássaro dodô foi extinto?
Muito debatida pelos biólogos, a extinção do pássaro dodô ocorreu no final do século XVII por três razões possíveis, mais especificamente por uma combinação delas.
Primeiro, antes mesmo da chegada dos humanos à ilha Maurício, a espécie não tinha predadores naturais. Devido à notória incapacidade de se adaptar às ameaças iminentes, essas aves se tornaram um alvo fácil para exploradores em excursões à ilha. Consequentemente, a caça incessante promovida pelos marinheiros e exploradores foi a principal razão pela qual os dodôs foram extintos.
Em segundo lugar, os exploradores e marinheiros ocidentais não viajaram sozinhos para a ilha Maurício. Eles também levaram animais como ratos, gatos, cachorros, porcos, etc. Como mencionado anteriormente, os dodôs colocavam seus ovos diretamente no chão, então muitos dos animais intrusos invadiram os ninhos dos dodôs e se alimentam de seus filhotes.
Por último, conforme os marinheiros exploravam a ilha mais profundamente, os recursos naturais da região ficaram mais escassos, o que prejudicou não apenas os dodôs, mas outras espécies de animais e plantas endêmicas, abrindo o caminho para a extinção desse pássaro excêntrico.
Poderíamos ter evitado a extinção dessa criatura?
Como já foi explicado, houve três motivos básicos para a extinção do pássaro dodô. De certo modo, todas as três mostram que a chegada de invasores humanos foi a sentença de morte para esta espécie, mas a pergunta que fica é: poderíamos ter evitado sua extinção prematura de alguma forma?
Bem, se os dodôs tivessem vivido em outros lugares além da ilha de Maurício, ou se estivessem mais acostumados com predadores naturais, eles realmente poderiam ter encontrado uma maneira de afastar os predadores e garantir sua sobrevivência.
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Além disso, se os humanos fossem mais compassivos em preservar este pássaro excêntrico, em vez de apenas se alimentar deles, o desfecho disso tudo poderia ter sido outro. No fim das contas, o fato é que se algo assim tivesse ocorrido, talvez esta espécie fascinante pudesse ser vista além dos livros de história.
E você, já conhecia a história do pássaro dodô? Se você gostou deste post, não se esqueça de compartilhá-lo! 😉