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O que acontece com o corpo humano após a morte?

O que acontece com nossos corpos depois que morremos não é um mistério, mesmo se quisermos que seja

Quando alguém morre, pode ser o fim de sua jornada por este mundo, mas a coisa é um tanto diferente quando se trata de seu corpo. Nesse caso, o cadáver iniciará um longo processo de eliminação de seus componentes. Mas, o que realmente acontece durante o processo de decomposição do corpo humano e o que podemos aprender com isso?

O que acontece com nossos corpos depois que morremos não é um mistério, mesmo se quisermos que seja. Se você quiser saber quais são as mudanças físicas que ocorrem, continue lendo o nosso artigo.

As primeiras mudanças que ocorrem no corpo humano após a morte

A primeira mudança visível no corpo, que ocorre de 15 a 20 minutos após o falecimento, é denominada pallor mortis, na qual o corpo começa a ficar excessivamente pálido. O processo de pallor mortis ocorre porque o sangue para de se mover através dos capilares, que são os menores vasos sanguíneos do corpo. Este processo é idêntico para todas as pessoas, mas não costuma ser tão aparente em pessoas com pele mais escura.

Corpo humano após a morte
Foto: Pixabay

Enquanto isso, o corpo esfria, diminuindo a sua temperatura em cerca de 0,84 °C por hora. Só que mesmo quando o corpo está frio, ele ainda ainda está “cheio de vida”, pois os cientistas comparam um corpo em decomposição a um ecossistema. Por exemplo, a autólise, que inicia o processo de decomposição, também é chamada de “autodigestão”, pois as enzimas começam a digerir as membranas das células privadas de oxigênio.

Eventualmente, as células sanguíneas danificadas saem de seus vasos rompidos em um movimento rápido. Quando elas se acomodam nos capilares e outros pequenos vasos sanguíneos, elas provocam a descoloração na superfície da pele. Embora essa descoloração (incluindo uma tonalidade azul arroxeada e manchas avermelhadas) comece a se estabelecer cerca de uma hora após a morte, geralmente não é visível até algumas horas depois.

Mudanças como essas são quase infinitas após a morte. Quando o corpo está vivo, os filamentos constituídos das proteínas actina e miosina interagem, o que resulta na contração e no relaxamento dos músculos. Em vida, isso torna o movimento corporal possível. Na morte, “pontes químicas” se formam gradualmente entre a actina e a miosina, de modo que os músculos se contraem e permanecem assim até que as pontes se rompam.

Na prática, essa rigidez, conhecida como rigor mortis, ocorre cerca de duas a seis horas após a morte. O período de rigor mortis aumenta a dificuldade de realização de uma autópsia ou preparação de um corpo para um funeral, pois o corpo perde a flexibilidade que tinha durante a vida. É por isso que, normalmente, quanto mais fresco é o corpo, mais fácil ele é de ser manuseado.

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Foto: Pixabay

O papel das bactérias na decomposição do corpo humano

Entre os seres que vivem no corpo humano estão as bactérias. Enquanto o corpo está vivo, elas tendem a se concentrar no intestino, mas são mantidas longe de outros órgãos internos pelo sistema imunológico. Após a morte, no entanto, essas bactérias ficam livres para “se alimentar” de todo o cadáver.

Primeiro, elas digerem os intestinos e tecidos próximos. Então, elas expandem seu alcance, entrando nos capilares e abrindo caminho até o coração e o cérebro. Um estudo do cientista forense Gulnaz Javan sugeriu que as bactérias levam cerca de 58 horas para se espalhar para o fígado, baço, coração e cérebro.

Esse estágio de decomposição, denominado putrefação, só pode ser totalmente realizado após vários dias. A quebra de carboidratos, proteínas e outros compostos do corpo, causada principalmente por bactérias e larvas de insetos, produz gases que incham o abdômen e, por fim, rompem a pele, o que atrai outros insetos para o “banquete”.

Vale mencionar que a decomposição como um todo leva bastante tempo. O tempo exato pode depender de fatores como a causa da morte, as condições ambientais e até mesmo as roupas no corpo. Ainda assim, a decomposição é sempre um processo contínuo, começando no momento da morte e terminando quando o corpo é reduzido a um mero esqueleto.

O que pode ser feito para desacelerar esse processo

Para desacelerar esse processo, os seres humanos desenvolveram várias práticas para preservar corpos. Um corpo bem preservado tem sido uma das principais preocupações mortuárias, especialmente quando se trata de corpos que serão exibidos durante um determinado período de luto. Por exemplo, depois que o presidente dos Estados Unidos Abraham Lincoln foi assassinado, seu corpo foi levado em uma viagem de trem por sete estados para que os cidadãos pudessem vê-lo.

Embalsamamento é a técnica mais popular de preservar um corpo após a morte. Uma ampla variedade de substâncias (incluindo o famoso formol) tem sido usada para “conservar” corpos e, assim, retardar a putrefação.

No procedimento moderno de embalsamamento, o sangue é drenado das veias e outro fluido, geralmente baseado em uma solução de formol em água, é injetado em uma artéria. O fluido da cavidade também é removido e substituído por um conservante.

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Embora a versão moderna do embalsamamento não seja permanente, ela serve ao seu propósito principal: dar ao corpo uma “aparência de vida”, enquanto ele é visto pelos enlutados nos primeiros dias após a morte.

O processo de decomposição do corpo humano é realmente incrível, não é mesmo? Se você gostou desse post, não se esqueça de compartilhá-lo!

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