O Templo de Ártemis, localizado na Turquia moderna, é uma das “Sete Maravilhas do Mundo Antigo”. Embora imponente no passado, hoje ele se resume a uma única coluna de mármore cercada de pedaços aleatórios de detritos.
Destruído e reconstruído várias vezes ao longo dos séculos, esse templo possui uma história bastante curiosa, pois foi incendiado por um homem chamado Heróstrato que, basicamente, queria destruí-lo por nenhuma outra razão senão “ficar famoso”.
Ao longo desse artigo, nós vamos explorar o evento pra lá de bizarro que levou o Templo de Ártemis às ruínas.
Por que o Templo de Ártemis foi construído?
Embora haja um certo debate em torno da história do templo, a maioria dos historiadores acredita que ele foi projetado em 550 a.C. O templo foi construído para homenagear a deusa Ártemis, a divindade da caça, dos animais selvagens e, paradoxalmente, do parto e da virgindade.
Construído literalmente em cima de outro templo menor, que havia sido destruído por inundações cerca de dois séculos antes na cidade de Éfeso, este novo templo, muito mais resplandecente, foi construído quase inteiramente de mármore branco perolado, com vigas de apoio de cedro.
Para garantir que o templo durasse o máximo de anos possível, além de construí-lo a partir de uma combinação de lajotas duras de mármore e vigas de madeira especialmente tratadas, o templo foi construído em terra pantanosa. Embora isso possa parecer contraintuitivo, o raciocínio por trás da escolha de terrenos mais macios era que o prédio ficaria melhor protegido de terremotos nessas condições.
Segundo os relatos históricos, o templo permaneceu sem grandes incidentes por cerca de dois séculos como a joia de Éfeso, até 356 a.C., quando uma figura misteriosa identificada apenas como “Heróstrato” decidiu incendiar tudo.
A destruição do Templo de Ártemis
Agora, você pode estar se perguntando o seguinte: considerando que passamos um tempo conversando sobre o quão enorme era esse edifício, como um único homem conseguiu incendiá-lo e destruí-lo em uma única noite?
Bem, a tese mais aceita é que Heróstrato simplesmente escapou dos guardas, colocou vários trapos oleados em torno de algumas das vigas de madeira que ajudavam a sustentar o telhado, ateou fogo em tudo ao redor e “deixou a mágica acontecer”.
A destruição do templo foi vista com grande surpresa pelos cidadãos de Éfeso, que supunham que o vasto templo era indestrutível aos danos convencionais em virtude de seu tamanho. No entanto, o choque maior veio quando Heróstrato admitiu abertamente o crime e se entregou de bom grado às autoridades de Éfeso.
O incendiário arrogante foi quase imediatamente torturado para explicar suas motivações por trás do incêndio criminoso, mas Heróstrato disse que o havia feito simplesmente para que seu nome fosse lembrado ao longo da história.
O fim de Heróstrato e seu “legado”
Heróstrato foi condenado à morte, todas as menções ao seu nome foram removidas do registro público e foi emitido um decreto de que qualquer pessoa que mencionasse seu nome em público seria executada da mesma forma. No entanto, como você pode perceber pelo fato de estarmos falando sobre ele dois milênios depois, Heróstrato realmente conseguiu atingir o seu objetivo.
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A tentativa de excluí-lo da história não foi bem-sucedida devido aos registros do historiador grego Teopompo, que decidiu ignorar o decreto e registrou o evento para garantir que as gerações futuras conhecessem a história do grande templo e o nome do homem que o destruiu.
Uma história bem bizarra, não é mesmo? Se você gostou desse post, não se esqueça de compartilhá-lo! 😉