Já se questionou sobre a terra que você pisa? Quem a habitou antes de você? Graças ao incrível projeto chamado Native Land (“terra nativa”, em português), agora você pode explorar os territórios e línguas indígenas tradicionais da sua região.
Similar a qualquer site de mapas globais disponíveis hoje, em poucos cliques é possível viajar por todo o planeta descobrindo um pouco da história dos povos que deram origem a muitas das nações que conhecemos hoje.
O Que é o Native Land?
O projeto foi idealizado por Victor Temprano, um especialista em web do Canadá que cresceu no território do povo Okanagan, na Colúmbia Britânica. Ele sentiu a necessidade de criar uma ferramenta que despertasse o interesse de pessoas não indígenas, como ele, pela história indígena, mas de uma forma clara, fácil e cativante.
O resultado foi o Native Land, um mapa online interativo que identifica os territórios, as línguas e os tratados dos povos indígenas de vários países, com destaque para a rica quantidade de informações sobre Canadá, Estados Unidos, México e Austrália. Para os brasileiros, há muitas informações sobre os povos indígenas do nosso país, embora o projeto ainda esteja em desenvolvimento.
Usar o site é simples. Basta digitar seu código postal ou o nome da sua cidade na barra de pesquisa e, em segundos, descobrirá em qual terra indígena você está situado. Embora o projeto esteja em constante evolução, é, sem dúvida, um passo crucial para compreender nossa identidade.
O Native Land não é apenas um mapa, mas uma janela para um passado complexo, no qual a história indígena muitas vezes foi omitida ou negligenciada, como se fosse de menor importância. É um esforço para reconectar as pessoas com a terra e nossos antepassados, lembrando-nos de que ambos são sagrados para todos.
A ONG por trás do projeto, a Native Land Digital, não só disponibiliza um mapa, mas também oferece recursos educacionais para auxiliar os professores a trazerem essa rica história para suas salas de aula. Trata-se de reconhecer e corrigir os equívocos da história. Eles não afirmam ter todas as respostas, mas estão comprometidos em aprender e crescer com as comunidades indígenas.
Com o conhecimento que o projeto visa disseminar, podemos cultivar um profundo respeito pelos povos indígenas – que estiveram sempre aqui – e celebrar a diversidade cultural que existia muito antes de erguermos fronteiras e muros.