Pouca gente sabe, mas ainda que você esteja fazendo absolutamente nada neste exato momento, seu corpo ainda está queimando calorias. Sim, você leu certo! Seu corpo está queimando calorias mesmo quando você se senta na cadeira e deixa sua mente vagar livremente pelos pensamentos cotidianos. Surpreendente, não é mesmo?
Consequentemente, essa constatação traz consigo alguns questionamentos interessantes: afinal de contas, como isso é possível? E, considerando que pensar queima calorias, podemos usar isso de alguma forma na busca pelo emagrecimento?
Para entender melhor esse fenômeno interessante do corpo humano, precisamos entender primeiramente como funciona o cérebro.
Entendendo como o nosso cérebro consome energia
O cérebro é o órgão central dos seres humano que mantém todas as funções corporais, embora seja mantido relativamente isolado do resto do corpo. Para se ter uma ideia, o cérebro é responsável por apenas 2% do peso do corpo, mas utiliza cerca de 20% de toda a nossa energia!
A maior parte da energia que o cérebro obtém é proveniente da quebra da glicose, o “alimento favorito” do cérebro. Para tal, o sangue alimenta continuamente o cérebro com glicose, uma vez que o próprio órgão cognitivo não pode armazená-la.
A principal razão pela qual o cérebro consome muita energia tem a ver com o fato de que ele trabalha continuamente, até mesmo quando estamos dormindo. Diferentes partes do cérebro têm funções diferentes e seus esforços produzem ações específicas; portanto, mesmo em seu estado mais ocioso, o cérebro trabalha muito.
O cérebro e a ideia de queimar calorias pela atividade cognitiva
O cérebro utiliza cerca de 300 calorias por dia para manter as coisas em ordem. Acima e além dessa linha de base, tarefas cognitivas como aprender, pensar e calcular podem causar um aumento no metabolismo do cérebro.
De certo modo, há algumas evidências de que realizar tarefas difíceis, como aprender um novo idioma ou fazer cálculos de matemática, pode aumentar o uso de glicose no cérebro e, consequentemente, queimar mais calorias. No entanto, o grande problema neste ponto é que a quantidade de calorias utilizadas pelo cérebro durante a realização de tarefas cognitivas pode não ser tão eficaz quando o assunto é a perda de peso.
Quando falamos sobre o aumento da utilização de calorias, a mudança geral no consumo de glicose do corpo é mínima. Resolver cálculos de matemática, por exemplo, aumentará a captação de glicose no cérebro em não mais do que 20 das 300 calorias de energia de base. Portanto, o aumento na utilização de calorias é trivial em comparação com o consumo geral de energia do cérebro.
Além disso, se as tarefas mentais precisam queimar grandes quantidades de calorias, elas devem ser realizadas por longos períodos contínuos. Em tese, você até poderia queimar algumas calorias se resolvesse problemas de matemática o dia todo, mas, em condições normais, isso não surtiria muito efeito.
Com isso em mente, podemos dizer que a prática cognitiva do pensamento até pode queimar calorias, mas essa utilização de energia não é grande o suficiente para afetar a perda de peso do indivíduo como um todo.
Em busca de alternativas para queimar calorias
Além de tudo o que já foi mencionado, é importante destacar que nós temos a tendência de fazer pausas quando estamos “saturados” por uma tarefa específica. A maioria de nós prefere, por exemplo, comer durante esses intervalos. Neste caso, a ingestão de calorias da comida consumida pode ser muito maior do que as calorias queimadas pela tarefa mental, tornando o efeito geral de queima de calorias pelo cérebro bastante insignificante.
A boa notícia é que há alternativas bem mais eficazes quando o assunto é queimar calorias. Embora resolver problemas matemáticos o dia todo queimaria menos de 20 calorias, uma caminhada de 30 minutos, por exemplo, pode ajudá-lo a queimar 150 calorias.
Vale mencionar que atividades mais cansativas podem queimar calorias de forma mais eficiente. Portanto, tentar perder peso com exercícios físicos é sempre mais vantajoso do que tentar queimar calorias apenas com a utilização da atividade cognitiva do cérebro.
O corpo humano é muito interessante, não é mesmo? Se você gostou desse post, não se esqueça de compartilhá-lo! 😉