Não é surpresa para ninguém o fato de que a simples observação do céu pode nos brindar com alguns eventos bem interessantes. A chamada “chuva de meteoros”, por exemplo, é um dos fenômenos mais apreciados, podendo ser vista no céu noturno como brilhantes trilhas de luzes, às quais muitas pessoas costumam se referir como estrelas cadentes.
Esse fenômeno costuma ocorrer em momentos específicos ao longo do ano, mas também pode acontecer em situações esporádicas. Mas, afinal de contas, como se forma uma chuva de meteoros na prática?
A formação de uma chuva de meteoros
De um modo geral, as chuvas de meteoros são produzidas quando a Terra cruza uma trilha de detritos no espaço, geralmente criadas por um cometa. Os detritos de cometas são corpos de gelo empoeirados que viajam ao longo do sistema solar. Quando o gelo esquenta, muitos pedacinhos se soltam e continuam a orbitar o Sol, de modo que esta trilha circular pode cruzar o caminho de vários planetas, incluindo a Terra.
À medida que a Terra atravessa esse caminho de detritos, as minúsculas partículas são aquecidas pela alta velocidade e pelo atrito causado pela entrada na atmosfera terrestre. Consequentemente, tudo isso faz com que a maioria dessas partículas se desintegrem, sendo que esse processo acaba criando listras brilhantes visíveis para nós, os seres humanos.
A duração de uma chuva de meteoros
Na prática, uma chuva de meteoro pode durar desde alguns poucos dias a várias semanas, a depender da largura da trilha do cometa em questão. Quando a Terra completar sua órbita no ano seguinte, ela vai acabar passando novamente por essas regiões com os detritos espaciais, permitindo que as pessoas na Terra observem novamente a chuva de meteoros.
Vale destacar que essa consistência permite aos cientistas prever com uma certa precisão as datas das chuvas de meteoros, o que os transformam em eventos anuais. A chuva de meteoros Perseidas é uma das mais famosas, ocorrendo todos os anos entre 17 de julho e 24 de agosto, com pico de atividade geralmente em 12 ou 13 de agosto. Durante o pico, os observadores costumam avistar entre 60 e 100 faixas de luzes por hora.
A chuva de meteoros Perseidas é composta por detritos do cometa Swift-Tuttle, que tem uma largura de mais de 25 quilômetros e um período orbital de 133 anos. Essa chuva de meteoros é visível principalmente no hemisfério norte, embora também possa ser avistada com menor intensidade no hemisfério sul.
Uma palavra final
A característica mais interessante das chuvas de meteoros é que elas são um dos poucos eventos astronômicos que podem ser observados a olho nu. No entanto, as condições para observação influenciam grandemente na quantidade de meteoros que podem ser vistos.
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Na maioria dos casos, fatores como poluição luminosa e a presença de nuvens e da Lua em suas fases mais luminosas podem reduzir consideravelmente a quantidade de meteoros observados. Isso ocorre porque o brilho dos meteoros mais fracos acaba sendo ofuscado pelas fontes luminosas ou obstruídos por barreiras físicas.
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