Zona Curiosa
Se você costuma viajar de avião com bastante frequência, já deve ter se deparado com muitas companhias aéreas diferentes. No entanto, um modelo de negócios menos comum e pouco falado, embora igualmente válido, é o das companhias aéreas virtuais. Mas, afinal de contas, o que exatamente é uma companhia aérea virtual?
Ao longo deste artigo, nós vamos dar uma olhada em como funciona essa categoria interessante de empresas operadoras de voos.
O que exatamente é uma companhia aérea virtual?
Bem, em resumo, o que diferencia as companhias aéreas virtuais de suas contrapartes “não virtuais” é que suas operações dependem inteiramente de terceirizações. Com isso, as operadoras em questão delegam vários aspectos operacionais a diferentes empresas, em vez de administrar tudo internamente, como é feito no modelo de operação tradicional.
De acordo com o Simple Flying, esses elementos podem variar do aluguel de aeronaves à contratação da tripulação da empresa. Vale destacar que, em alguns casos, as companhias aéreas precisam ser virtuais por não possuírem um certificado de operador aéreo. Sendo assim, uma maneira de contornar isso é contratar outras operadoras para operar os voos para os quais as companhias virtuais vendem passagens.
Um bom exemplo disso pôde ser visto com a companhia aérea virtual Manx2, sediada na Ilha de Man. Em operação entre os anos de 2006 a 2012, a Manx2 era a responsável pela venda de seus próprios bilhetes, mas seus voos eram operados pela FLM Aviation, da Alemanha, com aeronaves registradas no território alemão.
Quais as desvantagens das companhias aéreas virtuais?
Embora o modelo de negócios de uma companhia aérea virtual seja interessante do ponto de vista operacional e econômico, ele nem sempre consegue funcionar perfeitamente. Na prática, depender de tantas empresas terceirizadas diferentes significa que há muitas variáveis em jogo, de modo que todas elas precisam funcionar em perfeita harmonia para entregar o pacote completo.
Como tal, se um aspecto não sair como planejado, isso pode acabar desempenhando um grande impacto negativo nas operações da companhia aérea virtual. De fato, a startup italiana de lazer Sky Alps teve recentemente o início de sua vida operacional postergado devido ao adiamento da entrega das aeronaves.
Enquanto isso, nos Estados Unidos, a transportadora virtual Taos Air teve um início de operações promissor com uma temporada de inverno 2018/19 bem-sucedida, transportando esquiadores de Austin e Dallas para o Taos Ski Valley, no Novo México. No entanto, não foi possível construir um programa de verão eficaz em curto prazo devido à falta de disponibilidade de pilotos e aeronaves, o que trouxe problemas econômicos à empresa.
Uma palavra final
No fim das contas, o termo “companhia aérea virtual” é frequentemente usado para descrever empresas de viagens e agências de passagens que se comercializam como companhias aéreas, mas que não possuem um certificado de operador aéreo e, portanto, não podem voar e manter aeronaves próprias, contando somente com um contrato de fretamento aéreo terceirizado.
Leia Também: O que acontece quando um bebê nasce durante um voo?
Leia Também: Por que não comemos ovos de peru?
Embora sejam operadas por terceiros do ponto de vista regulamentar, as aeronaves dessas empresas podem exibir a pintura de cada companhia aérea virtual, o que leva muitas pessoas a enxergar essas entidades como companhias tradicionais.
Muito interessante, não é mesmo? Se você gostou deste post, não se esqueça de compartilhá-lo! 😉
