O câncer tem se tornado cada vez mais um grande problema mundial e, em suas várias formas, é responsável pela morte de mais de 10 milhões de pessoas todos os anos. Algumas das formas mais comuns de câncer costumam afetar as mamas, os pulmões, a próstata e o pâncreas, mas há um órgão muito importante que estranhamente costuma estar ausente nesta lista: o coração.
Você já conheceu alguém com câncer no coração? Muito provavelmente não. Dito isto, a pergunta que fica é: câncer de coração existe? É possível desenvolver uma doença desse tipo?
Bem, de certo modo, é possível ocorrer desenvolvimento de um tumor cancerígeno no coração, mas uma situação desse tipo costuma ser extremamente rara. Como veremos ao longo deste artigo, a razão por trás disso é que as células do coração não costumam se replicar e, consequentemente, abrir espaço para o desenvolvimento de tumores.
Compreendendo a natureza do câncer
O corpo humano possui um sistema de controle que elimina constantemente as células mais velhas e que não funcionam bem e as substitui por células novas e saudáveis. Em alguns casos, entretanto, esse sistema não funciona corretamente, de modo que uma célula defeituosa pode continuar a crescer e se multiplicar, formando células anormais que não atendem ao seu propósito original.
Eventualmente, essas células anormais podem interromper a função das células próximas, estimulando mais mutações e impactando sistemas orgânicos de forma mensurável. Quando essas células anormais ou mutantes crescem descontroladamente, uma grande massa de tecidos pode se formar, chamada de tumor (embora não haja tumores em todos os cânceres, como no caso da leucemia).
Embora o câncer possa ocorrer em praticamente qualquer parte do corpo, um órgão composto de células que precisam ser renovadas continuamente tende a ser mais suscetível ao câncer do que aquele que não tem uma taxa de regeneração tão alta; é exatamente aí que o coração entra em cena.
Por que não ouvimos falar em câncer no coração
Quando se trata de órgãos que têm muito trabalho a fazer, é difícil ignorar o coração, até porque ele começa a bater muito antes de nascermos e continuará a bater até o dia de nossa morte. Simplesmente, não há folga para o nosso coração, pois ele deve bombear sangue constantemente por nossas veias, artérias e capilares para garantir o funcionamento adequado de todos os órgãos e músculos.
Com uma responsabilidade tão grande, o coração meio que “não tem tempo” para se livrar continuamente das células velhas e substituí-las por novas, então as células do coração geralmente permanecem intactas, a menos que haja algum tipo de dano considerável nesses tecidos que precise ser consertado.
Lembre-se que, como mencionado, o câncer se espalha e se manifesta por meio da replicação e divisão celular, então quando se trata de um órgão em que essa renovação não ocorre com frequência, torna-se muito difícil para o câncer se instalar.
Por outro lado, muitas outras partes do corpo, como pele, estômago, revestimento interno do cólon e mama, estão continuamente perdendo células e substituindo-as. Até mesmo o tecido mamário cresce e encolhe com base na atividade hormonal do corpo. Por conta disso, essas regiões costumam ser as mais afetadas pelos diversos tipos de câncer.
Extremamente raro, mas ainda possível de ocorrer
Embora seja raríssimo, é possível desenvolver câncer no coração. De acordo com a American Heart Association, a maneira mais provável de desenvolver algo do tipo é por meio de um tumor secundário do coração, ou seja, quando o câncer se espalha para o tecido cardíaco.
Quando o câncer sofre metástase, ele se espalha para uma parte do corpo ou órgão a partir de seu ponto inicial. Em alguns casos, o câncer de pulmão pode se espalhar para o coração, devido à sua proximidade, mas o câncer também pode ser enviado para esse órgão através da corrente sanguínea.
Formas metastáticas de câncer de rim, pulmão e mama, bem como linfoma, melanoma e leucemia, são os tipos mais comuns que podem se espalhar e afetar o coração.
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Apesar do fato de que o câncer de coração é extremamente raro, a taxa de sobrevivência dessa doença gira em torno de 50% após o primeiro ano, então é certamente algo que deve ser levado muito a sério.
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