Quando pensamos nos Jogos Olímpicos, muitas coisas diferentes podem vir à mente, como as cerimônias de abertura, os atletas de todo o mundo competindo entre si, o clímax dramático das competições ou até mesmo as lágrimas sendo derramadas no pódio de premiação. Ainda assim, existem certos itens que podem ser ainda mais icônicos nas Olimpíadas do que qualquer outra coisa: as medalhas de ouro, prata e bronze.
O ato de ganhar medalhas se tornou um símbolo da excelência no esporte, tornando-se uma parte inseparável da competição. Consequentemente, as medalhas de ouro, prata e bronze são vistas em muitos esportes e competições diferentes nos tempos modernos, mas você saberia dizer onde começou essa tradição?
Ao longo desse artigo, você vai descobrir que as medalhas nem sempre foram necessariamente de ouro, prata e bronze.
A história das medalhas olímpicas
Como você provavelmente já sabe, a tradição olímpica remonta à Grécia antiga, há mais de 2.700 anos, onde os maiores atletas se reuniam para um torneio atlético realizado a cada quatro anos em Olympia, um famoso vale perto da antiga cidade de Élida. Certamente havia prêmios para os vencedores desses jogos antigos, mas o prêmio principal não era uma medalha de ouro.
Na verdade, os vencedores das primeiras competições olímpicas recebiam uma coroa de oliveiras e uma medalha de prata, enquanto o segundo colocado ganhava uma coroa de louros e uma medalha de bronze. As coroas eram dadas em homenagem a Zeus, o rei dos deuses.
Foi somente em 1896, quando a tradição das Olimpíadas foi revivida em Atenas, Grécia, que os três melhores de cada competição passaram a receber medalhas. Na ocasião, o primeiro colocado ainda recebia a medalha de prata, enquanto o segundo lugar recebia uma medalha de cobre e o terceiro lugar recebia medalha de bronze, aproximando-se lentamente do sistema de três camadas que conhecemos hoje.
O sistema moderno de premiação de medalhas olímpicas
Os Jogos Olímpicos de 1900 em Paris levaram o estilo de premiação para uma nova direção, de modo que os vencedores passaram a receber taças, troféus e peças de arte valiosas para homenagear suas vitórias. Ainda assim, não havia nenhuma regra estabelecida em relação às premiações, sendo que isso era deixado ao critério do país anfitrião.
Em 1904, quando as Olimpíadas foram realizadas pela primeira vez nos Estados Unidos, perto da atual St. Louis, as medalhas de ouro apareceram pela primeira vez. Os vice-campeões passaram a receber a prata e os terceiros colocados ganhavam o bronze.
Desde então, todas as Olimpíadas subsequentes continuaram a usar essas três variedades de medalhas como seus prêmios. No entanto, é interessante notar que as Olimpíadas não foram o primeiro evento esportivo nos tempos modernos a fazer o uso desses metais preciosos em suas medalhas, embora tenham popularizado isso.
Mas por que ouro, prata e bronze?
Existem várias explicações possíveis para a escolha de ouro, prata e bronze como os materiais usados na confecção das medalhas, mas primeiro, é importante definir o que são esses elementos.
O bronze, para começar, é no elemento cobre misturado a pequenas quantidades de outros metais, como o estanho. Portanto, quando olhamos a tabela periódica dos elementos e procuramos os materiais das medalhas (Cu, Ag e Au), uma coisa fica clara: todos os três elementos estão na mesma coluna (1B), com números atômicos de 27, 49 e 79.
Esta coluna em particular tem uma propriedade muito importante se você quiser fazer algo durável, sem falar que esses metais também são fáceis de manipular e moldar, com pontos de fusão relativamente baixos, tornando-os candidatos ideais para itens pequenos e cuidadosamente elaborados, como no caso das medalhas olímpicas.
Há também um valor inerente a esses metais devido à escassez relativa de cada um. O cobre (facilmente transformado em bronze) pode ser encontrado com muito mais frequência no solo. A prata, por sua vez, é um pouco menos comum, estando um nível abaixo na tabela periódica, enquanto que o ouro é o mais raro dos três.
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Portanto, quando você pensa sobre isso, é possível notar que a ordem das medalhas é baseada na raridade desses elementos, os quais foram escolhidos por conta da sua composição física e de atributos orgânicos específicos.
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