Hoje, mais de 7 bilhões de pessoas habitam o planeta Terra, mas em 2050 esse número pode chegar a 10 bilhões! Surpreendentemente, apesar de haver 196 países no mundo, uma grande quantidade da população mundial vive em apenas dois deles: China e Índia. De fato, 36% dos seres humanos vivem em um desses dois países, mas qual seria a explicação por trás disso?
Ao longo deste artigo, você vai ficar por dentro dos principais fatores que permitiram que China e Índia passassem a concentrar tantos habitantes em seus territórios.
Facilidade de cultivo foi crucial para o crescimento das populações de China e Índia
Após a propagação inicial da humanidade da África, China e Índia provaram ser dois dos lugares mais hospitaleiros para caça, coleta de recursos, agricultura e sobrevivência, principalmente devido às condições climáticas e opções de cultivo disponíveis. Consequentemente, tudo isso foi crucial para a expansão humana nestas regiões.
Com mais disponibilidade para a agricultura e a promoção de uma vida mais saudável para as primeiras populações humanas, as taxas de sobrevivência eram consequentemente maiores. Da mesma forma, mais espaço e comida significavam que mais bebês poderiam nascer. Definitivamente havia mais pessoas vivendo na Ásia há 1.000 anos, mas havia “apenas” cem milhões ou mais do que os humanos vivendo no resto do mundo.
No restante do mundo, ainda nasciam bebês e morriam pessoas em taxas relativamente semelhantes. Muitas pessoas nem sobreviviam até a idade fértil, o que manteve a população mundial “sob controle”. A incapacidade de produzir alimentos em massa também tornou o surgimento de grandes populações fora de China e Índia algo muito menos viável.
Além disso, é importante considerar que guerras e pragas promoveram impactos muito mais longos e maiores em outras regiões, especialmente na Europa, de modo que a vida era muito mais curta para os povos afetados.
Populações de China e Índia nunca pararam de crescer ao longo da história
Com os avanços contínuos da ciência e da medicina, bem como as práticas agrícolas que revolucionaram a forma como alimentamos o mundo, as pessoas começaram a viver mais. Consequentemente, cada vez mais crianças passaram a sobreviver até a idade fértil, estabelecendo suas próprias famílias.
Na prática, isso promoveu a expansão populacional em todo o planeta, de modo que China e Índia, que já eram lugares populosos, continuaram a crescer exponencialmente.
O surgimento da indústria e da agricultura em grande escala significou que as famílias poderiam ser muito maiores do que eram no passado, sem falar que os efeitos sociais da divisão entre vida rural e urbana levaram ao surgimento de sociedades mais complexas, mais cidades e muito mais pessoas. Em outras palavras, o boom populacional que a Ásia vivenciou nos últimos 10 mil anos nunca desapareceu.
Se ⅓ da população mundial estava centrada na Ásia (ou seja, China e Índia) há mil anos, faz sentido que cerca de ⅓ dessa população continue vivendo por lá. A dinâmica de crescimento populacional e os fatores que permitiram famílias maiores e um suprimento de alimentos mais abundante ainda estão presentes nessas duas nações de grandes populações, o que explica a manutenção da demografia local de cada uma delas.
Uma palavra final
Obviamente, existem outros fatores sociais, culturais, religiosos e políticos que influenciaram o crescimento populacional de China e Índia, mas o fato é que suas populações surgiram muito por conta dos seus territórios, que eram atrativos para as primeiras grandes sociedades humanas.
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Além disso, com um nível básico mais alto para começar na China e na Índia, a explosão populacional dos últimos 200 anos acaba sendo vista com mais destaque por lá. Desse modo, nosso planeta aparenta estar cada vez mais desequilibrado demograficamente, já que mais de 51,5% da população mundial vive em uma bolha asiática que conta com apenas 19 países.
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