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Quais são os efeitos do álcool no cérebro?

O álcool age diretamente na neuroquímica do cérebro, causando principalmente um aumento dos sinais inibidores entre as células cerebrais.

De um modo geral, festas e comemorações quase sempre envolvem bebidas alcoólicas. Muitas culturas veem o álcool como um grande auxiliador da socialização com a família e amigos, ou até mesmo com estranhos. Da mesma forma, o álcool pode obviamente alterar nosso comportamento de várias maneiras, mas você já se perguntou como isso acontece? Quais são os efeitos do álcool no cérebro?

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Ao longo deste artigo, nós vamos explorar a forma como o álcool age no cérebro, ao mesmo tempo em que compreendemos como as células cerebrais se comunicam sob essas circunstâncias.

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Foto: Pixabay

O mecanismo de ação do álcool no cérebro

Quando consumimos álcool, ele atinge a nossa corrente sanguínea depois de algum tempo e, em seguida, chega ao nosso cérebro à medida que o sangue circula pelo corpo. No cérebro, ele se liga a uma variedade de receptores de neurotransmissores, levando a diversos efeitos.

Primeiramente, o álcool tende a se ligar aos receptores de GABA, uma classe de receptores que, sob as circunstâncias desencadeadas pelo consumo de bebidas alcoólicas, diminui a capacidade de resposta das células nervosas. Este tipo de redução geral da atividade cerebral é chamada de “depressão do sistema nervoso central (SNC)”.

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Além disso, ocorre também uma ação inibitória semelhante na medula espinhal e na parte inferior do cérebro, chamada de tronco encefálico. Ele faz isso interferindo nos receptores de um neurotransmissor chamado “glicina”. Juntos, eles levam a um estado geral de relaxamento.

Na prática, tudo isso faz com que os movimentos musculares da pessoa fiquem mais lentos e as pupilas relaxem, ao mesmo tempo em que a respiração fica mais pesada e abre espaço para um quadro de confusão e tontura. Destes, o efeito mais notável é a redução da inibição social, permitindo que o indivíduo em questão se comporte de maneiras que normalmente não faria.

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Além da ação inibitória, o álcool também reduz a ação dos neurônios excitatórios, dando origem a um efeito sedativo. Isso ocorre porque o álcool atua no cerebelo, uma parte do cérebro que é responsável pela mobilidade, resultando em uma diminuição da capacidade de coordenar os movimentos musculares ao caminhar, falar, etc.

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Foto: Pixabay

Os efeitos de curto e longo prazo do álcool no cérebro

O consumo de álcool, como observado anteriormente, interfere em vários neurotransmissores no cérebro e afeta suas interações com as células cerebrais. Consequentemente, o álcool também pode promover vários efeitos prejudiciais ao cérebro, tanto a curto quanto a longo prazo.

Estudos têm mostrado que o consumo de álcool, ainda que em curto prazo, pode impactar a memória, interferindo e até mesmo danificando o mecanismo de formação de memórias, o que ocorre em uma região do cérebro que possui uma forma de cavalo-marinho chamada “hipocampo”.

Em condições normais, o cérebro humano mantém um bom equilíbrio entre substâncias químicas excitatórias e inibitórias. Quando consumimos álcool, entretanto, esse equilíbrio é desfeito, resultando em mais sinalização química inibitória geral no cérebro.

A boa notícia é que, quando se trata do uso de álcool por curto prazo, esse equilíbrio é facilmente restaurado e os efeitos são reversíveis. Porém, com o uso prolongado de álcool, esse equilíbrio pode ficar distorcido permanentemente, o que pode levar a um quadro de “tolerância”. Nesses casos, os “beberrões” se tornam menos responsivos a pequenas quantidades de álcool, levando-os a consumir doses ainda maiores de álcool num ciclo vicioso.

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Foto: Pixabay

O problema do vício

O álcool pode causar dependência por meio de mecanismos complexos que envolvem vários neurotransmissores no cérebro. Um bom exemplo é a dopamina, que nos ajuda a ter uma sensação de “recompensa instantânea” em resposta a uma ação prazerosa. De um modo geral, os humanos tendem a repetir ações gratificantes e, por conta disso, o vício pode ocorrer facilmente pela modificação da ação da dopamina no cérebro, entre outras substâncias químicas.

Obviamente, o consumo de álcool faz parte da socialização em muitas culturas, sem falar que também é amplamente representado em livros, filmes e mídias sociais. No entanto, muito pouco esforço é gasto em compreender o lado mais sombrio que o consumo de álcool faz ao nosso cérebro e no corpo como um todo.

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No fim das contas, é sempre importante ter em mente que os efeitos aparentemente inofensivos das bebidas alcoólicas são alcançados através de interferências em uma infinidade de substâncias químicas do cérebro e alterações no funcionamento normal do corpo humano. Por isso, beba sempre com moderação!

Muito interessante, não é mesmo? Se você gostou deste post, não se esqueça de compartilhá-lo! 😉

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