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A história da relação dos humanos com a música é bastante antiga. Para se ter uma ideia, uma flauta de osso encontrada em uma caverna da Europa central remonta aos primeiros colonos no continente há cerca de 35 mil anos!
Desde as composições musicais do passado às listas de reprodução do Spotify que ouvimos a todo momento, o fato é que a música evoluiu de inúmeras maneiras ao longo dos séculos. No entanto, algumas questões permanecem: a música tem o poder de impactar o cérebro? Quais benefícios ela pode promover para a saúde mental?
Como veremos ao longo desse post, a música afeta positivamente várias partes do cérebro, o que é ótimo, visto que isso promove benefícios para a memória e até mesmo para a diminuição do estresse rotineiro da vida moderna.
A música pode melhorar a memória
Você já sofreu ao tentar memorizar tabelas e fórmulas matemáticas, mas consegue cantar suas músicas favoritas sem errar uma única palavra? Pois bem, saiba que você não está sozinho nessa!
Por muito tempo, a conexão entre música e memória foi um tópico bastante debatido, mas pesquisadores descobriram recentemente que o processamento da linguagem e da música depende de uma via neural comum.
As evidências científicas sugerem que a exposição à música na adolescência tem um impacto emocional maior do que a música ouvida durante a idade adulta. Desse modo, os achados de estudos estão sendo usados como uma forma de terapia para aqueles que têm a doença de Alzheimer.
Dito isto, música e memória lírica estão sendo usadas para resgatar memórias perdidas de pacientes com Alzheimer. Isso ocorre porque a música pode aumentar a produção de neurônios no hipocampo (o centro de memória do cérebro), melhorando a memória como um todo.
Ouvir música é uma ótima forma de reduzir o estresse
Não há dúvida de que a música ajuda a reduzir o estresse e a ansiedade, além de melhorar a qualidade do sono. Músicas relaxantes tendem a reduzir os níveis de noradrenalina (uma substância química que promove a vigilância), ajudando você a cochilar em paz.
Vale destacar que estudos indicam que a música em torno de 60 bpm pode ser sincronizada com ondas cerebrais alfa, que são proeminentes em estado de relaxamento e consciência. Por isso, músicas que se encaixam nessa categoria podem ser utilizadas até para ajudar no combate à insônia.
Um estudo com 80 pacientes de cirurgia urológica sob raquianestesia revelou que a música conseguiu até mesmo reduzir a necessidade de sedação auxiliar. Os pacientes neste estudo puderam monitorar a quantidade de sedativo que receberam durante a cirurgia.
Ao longo do estudo, percebeu-se que os pacientes que foram selecionados aleatoriamente para ouvir música precisaram de menos sedativos do que aqueles que ouviram ruído branco ou o próprio barulho da sala de cirurgia. Consequentemente, a música ajudou os pacientes a lidarem com o estresse e a ansiedade que geralmente acompanham as cirurgias.
Músicas podem ser usadas até em terapias
Por último, mas não menos importante, não podemos nos esquecer que há evidências de que a música pode ser de grande ajuda em terapias. Através de um estudo realizado em um hospital austríaco, observou-se que pacientes em recuperação de cirurgias nas costas apresentaram melhora mais rápida e redução da dor quando seu processo de reabilitação incluiu musicoterapia.
Na prática, acredita-se que isso acontece porque a música ativa o sistema nervoso autônomo que controla a função cerebral e a pressão arterial ao sistema límbico, supervisionando os sentimentos e emoções. Desse modo, tal conexão pode ajudar a lidar com a dor associada a lesões.
A resposta do corpo segue o mesmo exemplo quando uma música lenta é tocada, de modo que o batimento cardíaco fica igualmente lento e a pressão arterial diminui. Consequentemente, a respiração relaxa, ajudando a aliviar a tensão na coluna, braços, costas e estômago.
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Por conta desses fatores, muitos especialistas sugerem que ouvir músicas lentas ou suaves diariamente ajuda nosso corpo a se descontrair, promovendo uma recuperação mais rápida em pessoas que sofreram algum tipo de lesão grave. De fato, este método é utilizado na reabilitação de pacientes que sofreram derrames.
Muito interessante, não é mesmo? Se você gostou desse post, não se esqueça de compartilhá-lo! 😉
