Por que os cães têm bigodes?

Não há dúvidas de que uma das características que mais chamam a atenção nos cães são os “bigodes” no focinho. A depender da raça do animal, eles podem ser bastante volumosos ou aparecer em menor quantidade, mas o fato é que eles sempre estão lá marcando presença. Mas, afinal, para que eles servem?

Neste artigo, analisaremos por que os cães têm bigodes e como isso pode beneficiá-la hora de compreender o mundo ao redor.

A razão pela qual os cães têm bigodes

Primeiramente, é importante deixar claro que, para os humanos, o tato é um dos sentidos mais frequentemente associados aos dedos. Por outro lado, no caso dos melhores amigos do homem, eles costumam “tocar o mundo” de um jeito diferente: através do seu focinho.

Esses bigodes, cientificamente chamados de vibrissas, são, na verdade, pelos compridos e grossos que saem do focinho do cão, da região da mandíbula e acima dos olhos. De acordo com o PetMD, os folículos na base desses pelos estão cheios de nervos que enviam mensagens sensoriais ao cérebro do cachorro.

Altamente sensíveis a mudanças sutis nas correntes de ar, esses bigodes caninos servem como receptores capazes de captar informações importantes sobre o tamanho, a forma e a velocidade da movimentação de objetos próximos. Na prática, isso ajuda os cães (que não têm a visão como o sentido mais aguçado) a “enxergarem” os objetos com mais clareza, ainda que estejam em um local completamente escuro.

Bigodes dos cães também podem ajudar em outras funções

Segundo a LiveScience, ser capaz de sentir vibrações no ar também ajuda os cães a perceber os perigos que se aproximam, servindo na prática como uma forma de defesa. Também já se sabe que algumas raças de cães usam seus bigodes com o mesmo objetivo que muitos mamíferos menores: determinar se podem caber em pequenos espaços.

Apesar de poucos estudos terem sido realizados para determinar se os cães também usam seus bigodes para localizar alimentos, existe a chance de que esses animais possam utilizar as vibrissas para este fim.

Uma palavra final

Curiosamente, além das vantagens táticas dos bigodes, esses pelos faciais especiais também podem transmitir mensagens sobre como um cão está se sentindo. Quando um cachorro sente-se ameaçado, por exemplo, muitas vezes ele reflexivamente alarga seus bigodes e em seguida aponta-os para a frente.

Alguns cientistas acreditam que esse tipo de comportamento pode indicar que as vibrissas desempenham algum papel importante na estratégia de defesa dos cães durante situações combativas contra predadores e outros animais da mesma espécie.

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Por último, vale destacar que muitos donos de cachorros optam por arrancar, aparar ou remover cirurgicamente essas ferramentas sensoriais vitais, mas isso pode ser bastante prejudicial para esses animais. Como explica a Purina, evidências sugerem que alterar os bigodes de um cão pode causar confusão e até mesmo diminuir a consciência espacial do animal.

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