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Por que alguns aeroportos têm pistas muito longas?

Vários fatores determinam o comprimento de uma pista de pousos e decolagens, incluindo a própria climatologia da região do aeroporto.

Se você é uma pessoa muito observadora que costuma viajar de avião com bastante frequência, talvez já tenha percebido que alguns aeroportos têm pistas de pouso e decolagem bem longas. Nesses casos, é comum termos uma sensação bastante incomum, como se o avião demorasse mais tempo que o necessário na pista.

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Curiosamente, o que pouca gente sabe é que os aeroportos que compartilham essa característica costumam estar localizados em regiões quentes e de alta altitude. A razão por trás disso é provavelmente um dos ajustes mais inteligentes que os seres humanos fizeram na indústria da aviação.

Ao longo desse artigo, nós vamos explorar por que alguns aeroportos possuem pistas para pousos e decolagens aparentemente mais longas que o normal.

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amarandogala/Pixabay

O papel do “calor” e da “altitude” nas pistas dos aeroportos e na aviação em geral

De certo modo, as palavras “calor” e “altitude” são comumente utilizadas na indústria da aviação, sendo usadas especialmente para se referir à condição de alta temperatura ambiente, bem como a alta elevação do aeroporto. Tais condições impactam a operação dos aviões e, portanto, tornam-se um sério ponto de análise, pois influenciam significativamente a segurança dos aviões que operam sob essas condições.

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Vamos explicar melhor os termos “calor” e “altitude”. “Calor” já é bastante intuitivo por si só; ele é o representativo de uma alta temperatura ambiente da região. Uma vez que a temperatura é uma quantidade física variável (ou seja, seu valor muda continuamente), a gravidade da condição do “calor” também muda.

Por outro lado, a “altitude” se refere à elevação dos aeroportos em questão. Desse modo, se o aeroporto for construído em um terreno com mais elevação do que a altura terrestre padrão, ele é considerado um aeroporto de “alta altitude”.

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Existem vários aeroportos “quentes” e “altos” que desempenham uma grande importância na malha aérea militar e comercial. Alguns bons exemplos incluem Brasília (Brasil), Albuquerque (Estados Unidos) e Canberra (Austrália). Curiosamente, o fato de que a temperatura ambiente tende a ser mais baixa em grandes altitudes atenua o efeito da temperatura até certo ponto.

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fietzfotos/Pixabay

Então, quais são os desafios dos aeroportos “quentes” e “altos”?

Operar em um aeroporto que foi identificado com as características apresentadas até aqui ou que apresentam tais condições atmosféricas no momento da decolagem ou aterrissagem pode ser uma tarefa difícil para os pilotos de companhias aéreas. Em resumo, tudo isso tem a ver com a densidade do ar, que diminui com o aumento da temperatura ambiente e da altitude.

É por isso que, em um aeroporto com tais condições, a decolagem torna-se particularmente difícil, pois a densidade do ar mais baixa se traduz em menos sustentação sendo gerada pelas asas ou rotores da aeronave. Além disso, a menor densidade do ar também prejudica o desempenho dos motores das aeronaves, potencialmente colocando em risco a segurança do voo em certas circunstâncias.

Aviões leves e helicópteros mais antigos muitas vezes são os que mais sofrem em condições de calor e altitude ao tentar manter o voo nivelado, já que seus tetos de serviço (altitude máxima operável pela aeronave) são muito baixos.

Por conta desses fatores, as condições ideais do ar para pousos e decolagens geralmente envolvem as seguintes características:

– Ar seco
– Baixa temperatura
– Baixa altitude
– Alta pressão.

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Lars_Nissen/Pixabay

Como eles lidam com esse problema?

Visto que ambas as condições atmosféricas aqui envolvidas, ou seja, o calor e a elevação de uma região, são artificialmente inalteráveis, é preciso fazer o uso de alternativas artificialmente controláveis que possam ajudar a superar esses desafios.

A técnica mais comumente usada em aeroportos com tais condições naturais é fazer pistas mais longas do que o normal. Na prática, isso aumenta a distância de corrida de decolagem da aeronave, proporcionando mais energia para a subida subsequente ao céu.

Reduzir o peso total da aeronave também pode ajudar. Isso geralmente é conseguido usando apenas a quantidade necessária de combustível ou removendo equipamentos não tão vitais da aeronave.

Também vale mencionar que mudanças estruturais nas aeronaves, como motores mais potentes e asas maiores, podem ajudar a garantir uma decolagem ou pouso mais suave. Outras técnicas, como dispositivos de alta elevação adicionais e decolagens assistidas também podem compensar as condiçõesadversas de calor e altitude envolvidas.

Por último, não podemos deixar de citar que algumas pistas são longas porque são usadas para testes de aeronaves ou servem a um propósito excepcional. A pista do aeródromo Gavião Peixoto, da Embraer, é um ótimo exemplo. Ela possui 4.967 metros de comprimento por 45 metros de largura.

Então, da próxima vez que seu avião estiver decolando ou pousando em uma pista que parece nunca ter fim, você saberá que o aeroporto em questão provavelmente tem condições climáticas um pouco fora do comum. Em outras palavras, é tudo uma questão de eficácia e segurança aeronáutica.

E você, já esteve em aeroportos com as características citadas na matéria? Se você gostou desse post, não se esqueça de compartilhá-lo! 😉

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