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Como os medicamentos sabem onde está a dor?

De certo modo, os analgésicos não vão diretamente para a parte do corpo que está doendo; eles visitam praticamente todos os lugares possíveis.

Está sentindo dor em alguma parte do corpo? Basta tomar um comprimido e esperar que ele promova o efeito proposto! Essa é a mágica da medicina moderna, mas você já se perguntou como os medicamentos sabem onde está a dor? Como um remédio sabe que você está com dor de cabeça e não com dor muscular ou outra coisa?

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Embora possa parecer que as pílulas convencionais se concentram em uma dor específica e a curam com rápida eficiência, a verdade é que elas não agem como muitos imaginam. Ao longo desse artigo, você verá que os medicamentos não têm ideia para onde ir depois que os tomamos, mas isso não é algo necessariamente ruim.

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Foto: Pixabay

Entendendo como os medicamentos “sabem” onde está a dor

Os medicamentos na forma de comprimidos, pílulas ou líquidos começam a sua jornada ao serem engolidos. Em seguida, eles viajam pelo intestino, onde são decompostos e absorvidos pela corrente sanguínea. Uma espécie de “caminho especial” chamado sistema porta hepático leva o conteúdo do intestino delgado para o fígado através do sangue.

No fígado, a pílula é subdividida em seus componentes e liberada de volta na corrente sanguínea. À medida que todos os órgãos e tecidos do corpo recebem o fornecimento de sangue, a droga se desloca por toda parte, mas isso não significa que ela vai agir em qualquer lugar.

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Os medicamentos são, basicamente, produtos químicos. Esses produtos químicos são projetados de tal forma que se ligam apenas a certas moléculas de proteína do corpo, conhecidas como receptores.

Existem muitos tipos diferentes de receptores que podem estar presentes na superfície das células, ou até mesmo dentro delas. Desse modo, cada tipo de receptor tem uma forma distinta. Você pode considerá-los como “fechaduras”, pois cada tipo de fechadura conta com uma chave exclusiva.

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Medicamentos para dor
Foto: Pixabay

Como os medicamentos agem diante da dor

Como foi explicado anteriormente, o medicamento viaja por todo o corpo e liga-se a uma fechadura (receptor), mas cada remédio possui um modo de operação distinto. O Advil®, por exemplo, contém ibuprofeno, que é um fármaco para a dor. O ibuprofeno “se agarra” a todos os receptores de dor que encontrar à medida que passar pelo corpo. Somente depois de se ligar a esses alvos, a droga poderá realizar seu trabalho.

No caso do ibuprofeno, ele entra na célula e dá início às reações químicas que, em última análise, produzem o efeito desejado. Ele impede que o sinal de dor alcance os nervos, que é a função básica dos medicamentos analgésicos.

No caso dos beta-bloqueadores (medicamentos usados para controlar a hipertensão), eles se prendem ao receptor beta (localizado nas células do coração, vasos sanguíneos e pulmões) e bloqueiam a ligação da adrenalina ao mesmo receptor. Isso evita que a adrenalina atue na célula cardíaca e eleve a pressão arterial.

Vale destacar que nada disso aconteceria sem a ligação da droga ao receptor-alvo. No entanto, esse sistema natural não é à prova de falhas. Às vezes, as drogas podem se ligar a outros receptores além do receptor-alvo, especialmente se eles tiverem formato semelhante. É como quando você acena para alguém de longe, pensando que é seu amigo, mas logo descobre que é um completo estranho.

Infelizmente, neste caso, o problema vai mais além de um aperto de mão equivocado, pois quando a droga se liga ao alvo errado, ela desencadeia uma reação em cadeia, resultando em efeitos colaterais indesejados, como veremos no tópico a seguir.

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Foto: Pixabay

Quando as coisas dão errado

Os medicamentos devem ser tomados em uma determinada dosagem. Se ingeridos em quantidades menores do que a dosagem ideal, eles podem não se ligar ao receptor-alvo. Nesse caso, sua ingestão terá sido totalmente inútil, pois o medicamento em questão não poderá realizar sua função nativa.

Quando os medicamentos são tomados em quantidades superiores à dosagem prescrita, é mais provável que eles se liguem a mais do que apenas os receptores-alvo, causando reações inesperadas conhecidas como efeitos colaterais.

Cada medicamento tem uma lista conhecida de efeitos colaterais comuns, como dores de estômago, sonolência e boca seca, sendo que todos eles devem ser obrigatoriamente mencionados na bula. A boa notícia é que apenas em casos muito graves esses efeitos colaterais resultam em hospitalização.

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Portanto, da próxima vez que você sentir dor e precisar tomar algum medicamento, tenha em mente que administrar a dosagem correta é algo importante tanto para a eficácia do remédio quanto para a sua saúde.

Muito interessante, não é mesmo? Se você gostou desse post, não se esqueça de compartilhá-lo! 😉

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