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Como é feita uma escavação arqueológica?

Os arqueólogos utilizam um conjunto de técnicas avançadas para escolher um local de escavação arqueológica adequado.

Quando assistimos a filmes de franquias como Jurassic Park, Indiana Jones ou A Múmia, o estudo da arqueologia assume um tom bastante emocionante. Nessas tramas, há tiroteios, tramas nazistas e mortos voltando à vida, mas a verdade é que a escavação arqueológica não é como um filme de Hollywood tipicamente apresenta.

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Na verdade, para surpresa de muitos, a arqueologia pode ser uma profissão incrivelmente entediante. Imagine o tamanho do nosso planeta e quantas vastas extensões de terra existem para explorar. Quais são as chances de realmente encontrar alguma coisa? Desenterrar um fóssil de dinossauro parece quase impossível, certo?

No entanto, quando arqueólogos de renome mundial escolhem um local de escavação, quase sempre encontram algo que muda o mundo como o conhecemos. Dito isto, a pergunta que fica é: como eles conseguem tal proeza?

Ao longo desse artigo, você vai descobrir como é feita uma escavação arqueológica.

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Escavação arqueológica
Foto: Wikimedia Commons

A ciência por trás da escavação arqueológica

Para muitas pessoas, a arqueologia ainda é um campo misterioso, pois a capacidade de analisar e determinar a localização de locais históricos significativos parece obra de verdadeiros profetas, mas a verdade é que existem certas técnicas que têm sido usadas há séculos para identificar os lugares certos para enterrar uma pá e explorar.

Essas técnicas variam das mais simplistas às altamente técnicas, sendo que todas elas desempenham um papel significativo na disciplina da arqueologia. No nível mais básico, há o levantamento de dados através de investigação local, documentos, mapas e artefatos, enquanto que no extremo oposto, os arqueólogos costumam usar radar de penetração no solo (GPR), detectores de metal e magnetometria.

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Todas essas ferramentas e técnicas são usadas em conjunto no campo para determinar os melhores locais possíveis para a escavação arqueológica. O GPR seria inútil sem uma área restrita para pesquisa, da mesma forma como as dicas transmitidas boca a boca seriam infrutíferas se não contassem com o auxílio das ferramentas avançadas que economizam tempo e fornecem resultados.

Os seres humanos têm muitas fraquezas, mas uma coisa que fazem muito bem é manter registros. Com as documentações disponíveis sobre topografia e assentamentos históricos, os arqueólogos modernos podem frequentemente ler textos antigos para determinar onde um bom sítio arqueológico pode estar localizado.

Se houver um pedaço elevado de terreno rochoso que provavelmente permaneceu inalterado por dezenas de milhares de anos e se esse local estiver perto de um corpo de água, surge uma grande possibilidade de que um grupo de pessoas possa ter vivido lá.

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Foto: Wikimedia Commons

Como é feita uma pesquisa através da escavação arqueológica

Por definição, uma pesquisa arqueológica consiste em um arqueólogo verificando uma determinada área que ele suspeita ter relevância histórica com base em registros de terras, dados científicos, etc. Em muitos casos, os sítios arqueológicos são inicialmente escavados por equipes de construção ou fazendeiros que observam estranhas formações no local.

Nesse ponto, os arqueólogos podem viajar para a área relatada e realizar uma pesquisa. Este processo pode variar de uma equipe arqueológica para outra, mas quase sempre consiste em uma série de escavações de teste antes de uma escavação arqueológica mais profunda.

Uma escavação de teste também pode assumir muitas formas como, por exemplo, uma série de buracos quadrados escavados na região relatada para recuperar artefatos. Escavações verticais mais profundas são realizadas somente quando se acredita que o local possui cadeias subterrâneas.

Essas pesquisas geralmente incluem muitas suposições, às vezes baseadas em dados históricos defeituosos ou não verificados. Mesmo assim, no reino da arqueologia, sabe-se que pesquisar cegamente em um campo pode revelar uma peça estranha de cerâmica ou ferramenta da Idade do Ferro. Em outras palavras, é tudo uma questão de estreitar a busca por informações e manter os olhos bem abertos.

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Foto: Wikimedia Commons

Sensoriamento remoto também pode entrar em cena

Quando não se tem certeza sobre onde é necessário cavar e nem se sabe o que vai encontrar, as técnicas de sensoriamento remoto podem ser uma grande ajuda para os arqueólogos. A geofísica é um ramo emergente da arqueologia que usa várias ferramentas para olhar abaixo da superfície da Terra e ter uma noção de onde cavar.

O radar de penetração no solo (GPR) e o magnetômetro são os dois instrumentos mais comuns que utilizam métodos de escavação de alta tecnologia. Essencialmente, esses dispositivos aprimoram a busca ainda mais quando os arqueólogos fazem suas pesquisas e conduzem levantamentos preliminares.

O radar de penetração no solo, como o nome indica, é semelhante ao radar que usamos no ar, exceto que o apontamos para o chão. Quando essas ondas de radar penetram no solo, elas refletem as irregularidades abaixo.

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Por sua vez, a magnetometria mede as leituras magnéticas abaixo do chão, de maneira um tanto semelhante ao radar de penetração no solo. A composição mineral do solo deve ser normal se ele não tiver sido tocado pelos humanos, mas se houver um assentamento, cemitério ou uma grande coleção de artefatos abaixo, a ressonância magnética apresentará um comportamento diferente.

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