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Como as vacinas contra a COVID-19 foram desenvolvidas tão rápido?

O rápido desenvolvimento das vacinas está relacionado a menores barreiras financeiras e burocráticas do que o normal.

De um modo geral, as vacinas normalmente levam de dez a quinze anos para serem desenvolvidas, testadas e liberadas ao público. As vacinas contra a COVID-19, no entanto, demoraram menos de um ano.

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Criar uma vacina em menos de um ano não é pouca coisa. Além da pandemia de coronavírus ter tornado o uso da máscara e o distanciamento social coisas comuns, isso também estimulou a cooperação global para a pesquisa e distribuição de vacinas.

No entanto, uma vacina só é eficaz se as pessoas estiverem dispostas a recebê-la. Com o rápido progresso das pesquisas, alguns podem estar preocupados em saber se o desenvolvimento das vacinas foi precipitado, sendo que com essas preocupações vêm uma certa hesitação. Por isso, a transparência em todo o processo de vacina será a chave para acabar com as desinformações e conquistar a confiança do público.

Ao longo desse artigo, nós vamos analisar os principais fatores que ajudam a explicar como os pesquisadores conseguiram criar vacinas contra a COVID-19 em um curto espaço de tempo sem comprometer a sua segurança.

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As vacinas contra a COVID-19 receberam um enorme aporte financeiro para pesquisa e desenvolvimento

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Foto: Pixabay

As pesquisas voltadas às vacinas sempre são muito caras. Em 2018, um estudo publicado no The Lancet Global Health estimou o custo do desenvolvimento inicial e dos testes iniciais de segurança clínica para uma nova vacina na faixa de 31 a 68 milhões de dólares. Além disso, testes em grande escala para determinar a sua eficácia podem aumentar esses números.

Em um cronograma acelerado, como no caso de uma pandemia, esse custo pode ser ainda maior. Por esse motivo, o financiamento desembolsado por entidades governamentais e pelo setor privado foi fundamental para a produção das vacinas contra a COVID-19.

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Nos EUA, por exemplo, a Operação Warp Speed (OWS) fez parceria com várias instituições, incluindo o National Institutes of Health (NIH) e o Centro de Controle e Prevenção de Doenças (CDC), para desenvolver, fabricar e distribuir 300 milhões de doses até o início do próximo ano. A Comissão Europeia também financiou vários laboratórios com um investimento de mais de 8 bilhões de dólares.

Normalmente, quando se trata do desenvolvimento de vacinas, há muitos obstáculos financeiros que impedem o avanço no seu desenvolvimento. Durante a pandemia, no entanto, entidades públicas e empresas em geral não tiveram que lidar com a quantidade típica de barreiras financeiras ou burocráticas para isso.

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Foto: Pixabay

A família dos coronavírus já era conhecida pelos cientistas

Muita gente ainda não sabe, mas o fato é que os pesquisadores não estavam começando do zero quando aprenderam sobre o SARS-CoV-2, o vírus que causa a COVID-19.

O SARS-CoV-2 é um membro da família dos coronavírus. De acordo com o Instituto Nacional de Alergia e Doenças Infecciosas, existem centenas de coronavírus, incluindo quatro que podem causar o resfriado comum, bem como os coronavírus que desencadearam a epidemia de SARS em 2002 e o surgimento da MERS em 2012.

Dito isto, muitos dos pesquisadores que desenvolveram as vacinas contra a COVID-19 trabalharam anteriormente com vacinas para os vírus SARS e MERS e já sabiam muito sobre o assunto. Basicamente, eles já sabiam como essa família de vírus se comportava, sua biologia e, consequentemente, suas vulnerabilidades.

Quando a pandemia começou, os cientistas sabiam que se uma pessoa tivesse anticorpos que reconhecessem as proteínas do vírus, seu sistema imunológico conseguiria combater a doença. Com base nesse conhecimento científico, os pesquisadores foram capazes de desenvolver mais rapidamente as vacinas contra a COVID-19.

Vacinas contra a COVID-19
Foto: Pixabay

As vacinas contra a COVID-19 contaram com uma colaboração mundial

Como foi dito no início deste post, em circunstâncias normais, a preparação de uma vacina pode levar de dez a quinze anos. No entanto, em meio a uma pandemia global, esse tempo passou a ser visto como longamente inviável.

Por conta disso, os pesquisadores rapidamente se mobilizaram para compartilhar seus dados de estudos do coronavírus com outros cientistas, promovendo uma colaboração mundial que agilizou a obtenção de descobertas importantíssimas que culminaram em um rápido desenvolvimento das vacinas.

Os cientistas também não tiveram problemas em encontrar participantes dispostos a participar dos testes clínicos. Na verdade, eles conseguiram acelerar o processo inscrevendo entre 30 e 60 mil participantes por estudo, enquanto um estudo de uma vacina normal conta com cerca de 5 mil pessoas.

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Desse modo, fica fácil de entender como a pandemia inaugurou uma nova era de pesquisa e produção de vacinas. Uma colaboração global de cientistas e o forte apoio financeiro por parte de várias entidades levaram a um desenvolvimento rápido de vacinas nunca visto antes.

Muito interessante, não é mesmo? Se você gostou desse post, não se esqueça de compartilhá-lo! 😉

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