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Por que os batimentos cardíacos aceleram quando estamos em perigo?

Batimentos cardíacos acelerados podem até ser desconfortáveis, mas tendem a ser úteis em situações de risco.

Se você já passou por alguma situação perigosa, como quase ser atropelado ou ser perseguido por um cão bravo, já deve saber que os batimentos cardíacos tendem a acelerar em situações desse tipo. De fato, em muitas dessas ocorrências, temos a sensação de que o coração pode sair pela boca a qualquer momento. Mas, afinal de contas, por que isso acontece?

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Ao longo desse artigo, nós vamos analisar o que acontece com o coração humano em situações que envolvem algum perigo. Você vai ver que, embora nada agradáveis, os batimentos cardíacos acelerados podem ajudar a salvar vidas.

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Foto: LibreShot

Entendendo o que é a “reação de lutar ou fugir”

Os seres humanos têm reflexos muito bons, mas há algumas coisas que deixamos nossos instintos controlarem, como nos proteger do perigo. Sempre que nos sentimos ameaçados, com medo, ansiosos ou em pânico, nosso corpo entra no que é conhecido como “reação de lutar ou fugir”.

Esse termo se refere à história evolutiva dessa resposta. Mais especificamente, quando os primeiros humanos se deparavam constantemente com animais selvagens. Nesse ponto, eles tinham duas escolhas: lutar ou fugir. Se fosse um javali, talvez fosse vantajoso lutar, pois o animal poderia servir como uma refeição digna; se fosse um urso, entretanto, a escolha mais sábia seria fugir.

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Embora as duas opções sejam muito diferentes, ambas exigem coisas semelhantes do corpo, como uma explosão de energia. Em outras palavras, se você precisa se envolver em uma atividade extremamente intensa, você deve estar preparado para que o corpo acesse facilmente essa resposta aprendida de lutar ou fugir.

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Foto: Pixabay

A ligação entre a reação de lutar ou fugir e os batimentos cardíacos acelerados

As mudanças fisiológicas que compõem a reação de lutar ou fugir começam com a liberação de adrenalina, desencadeada pelo sinal de alerta do cérebro de que algo perigoso ou estressante está para acontecer. Mais especificamente, a amígdala processa a entrada sensorial (barulho, passos, sombras, etc) e uma resposta emocional é gerada. Se essa resposta for uma percepção de perigo, a amígdala envia um sinal ao hipotálamo.

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O hipotálamo é um aspecto crucial da resposta fisiológica do nosso corpo porque regula o sistema nervoso autônomo, que inclui os sistemas nervoso parassimpático e simpático. Especificamente, o sistema nervoso simpático é onde a resposta de luta ou fuga é iniciada, desencadeada pela percepção emocional do perigo.

O hipotálamo então sinaliza às glândulas supra-renais para liberar epinefrina (adrenalina) na corrente sanguínea, deixando você “pronto para o campo de batalha”. À medida que a adrenalina sobe em sua corrente sanguínea, ela causa mudanças fisiológicas rápidas e drásticas, incluindo respiração pesada, mãos úmidas, pressão arterial elevada e, principalmente, batimentos cardíacos acelerados!

No entanto, as mudanças não param por aí. Você também tem pequenas vias aéreas que se abrem em seus pulmões para garantir que oxigênio suficiente esteja disponível para o estresse que está por vir. Quando seu cérebro recebe essa explosão de oxigênio, você fica mais alerta e consciente, enquanto que sua audição, visão e outros sentidos são aguçados, assim como seus reflexos.

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Foto: PxHere

As desvantagens dos batimentos cardíacos acelerados

É importante deixar claro que, quando seu coração bate mais rápido, ele não apenas bombeia mais sangue, mas também redireciona a glicose por todo o corpo, fornecendo energia para os músculos e sistemas orgânicos. Essa liberação de açúcar no sangue também é desencadeada pela epinefrina e, consequentemente, faz com que os brônquios se abram mais e resultem em um aumento ainda maior da frequência cardíaca.

Alguns dos outros efeitos colaterais da reação de lutar ou fugir são ainda menos agradáveis ​​e funcionam como sinais de que algo há uma situação de risco, em vez de uma ferramenta útil para aumentar suas chances de sobrevivência. Por exemplo, boca seca, suor, tontura e dificuldade em respirar não parecem muito úteis se você estiver prestes a fugir de um leão.

Esses são sintomas inevitáveis ​​de outros efeitos da epinefrina no corpo, mais que também são importantes à sua maneira. Em outras palavras, precisamos superar o fato de que ter um “frio na barriga” nos deixa desconfortáveis.

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Curiosamente, em muitos casos, a liberação de adrenalina e a resposta fisiológica do corpo acontecem tão rapidamente que nem percebemos que estamos em perigo. Felizmente, podemos dizer que alguns milhões de anos de evolução tornaram nossas reações instintivas muito boas!

O aumento na frequência cardíaca em situações perigosas prova que o nosso corpo é uma máquina complexa, não é mesmo? Se você gostou desse post, não se esqueça de compartilhá-lo! 😉

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