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Um estudo inovador, publicado na revista Nature, revela que o transplante de rins de porcos em macacos, utilizando técnicas de edição genética, é uma solução promissora para a crise global de escassez de órgãos. Os pesquisadores aplicaram a tecnologia CRISPR para modificar geneticamente os rins de porcos, tornando-os mais compatíveis com os sistemas imunológicos dos macacos receptores.
Resultados Encorajadores nos Experimentos com Macacos
O estudo envolveu 21 macacos que receberam transplantes de rins de porcos. Alguns dos animais sobreviveram por um período médio de 24 dias após receber rins com três edições genéticas para evitar rejeição. No entanto, os macacos que receberam rins com sete edições adicionais, visando tornar as células suínas mais similares às humanas, apresentaram taxas de sobrevivência significativamente melhores. Um dos macacos viveu impressionantes 758 dias.
Próximos Passos Rumo a Ensaios em Humanos
Os resultados representam um avanço crucial, aproximando os pesquisadores de testes de transplantes de rins de porcos em pacientes humanos. O estudo é considerado uma “prova de princípio” em primatas não humanos, demonstrando a segurança e viabilidade dos órgãos geneticamente modificados.
Desafios e Futuras Perspectivas
Apesar do progresso significativo, há desafios a serem superados, como as diferenças fisiológicas entre macacos e humanos. Questões como peso e pressão arterial necessitam de consideração na adaptação dessa técnica para uso clínico. A comunidade científica e médica aguarda ansiosamente novos avanços nesta área, com a esperança de que possam oferecer uma solução para a escassez de órgãos que afeta milhares de vidas globalmente.
