Como é escolhido o país-sede de uma Copa do Mundo?

A Copa do Mundo da FIFA é um megaevento global que ocorre a cada quatro anos. Receber o status de anfitrião de uma Copa costuma oferecer um status lucrativo e valioso ao país-sede, devido ao fluxo de turismo, cobertura da mídia e receita para a nação.

Para determinar qual nação sediará uma Copa do Mundo, os países interessados devem participar de um processo abrangente de licitação. Segundo a FIFA, isso é feito para garantir objetividade e justiça na determinação do país-sede. Em última análise, a determinação de qual proposta ganhará o status de anfitrião é decidida por votação.

O longo processo de licitação para determinar o país-sede de uma Copa

O processo de licitação da Copa do Mundo geralmente começa entre sete a dez anos antes do ano da realização da competição. Por conta da grande quantidade de recursos de infraestrutura, comerciais e logísticos necessários para sediar um evento desse tamanho, o processo de licitação deve começar com muita antecedência.

Como explica o portal Goal, na fase inicial do processo, a FIFA determina a estrutura geral e as diretrizes da Copa do Mundo e informa aos seus países membros que aceitará licitações para a Copa especificada, distribuindo documentos de registro de lances para as nações interessadas.

De um modo geral, essas nações têm aproximadamente um mês para preencher os documentos iniciais antes de receber outro conjunto de formulários de inscrição. Mais uma vez, é permitido um prazo de um mês antes que os pedidos de licitação finalizados sejam enviados.

No ano seguinte, a FIFA faz uma espécie de “peneira” e exclui os lances que não atendem aos critérios originalmente especificados. A etapa final do processo de licitação (geralmente disputado por até quatro concorrentes) é uma votação eletrônica realizada pelo Congresso da FIFA para determinar o futuro país-sede.

Vale destacar que cada um dos 211 estados membros do Congresso da FIFA tem direito a um voto para garantir justiça e equidade no processo de seleção. Para receber o status de anfitrião, uma nação deve receber uma maioria de votos. Dessa forma, se duas nações permanecerem na lista de candidatos, a nação que receber mais de 50% dos votos do Congresso será determinada como a futura anfitriã.

O criterioso regulamento de escolha da FIFA

Para que uma proposta seja aprovada para votação, ela deve atender aos rígidos regulamentos e padrões da FIFA. Esses padrões são definidos antes mesmo da aceitação das propostas e podem mudar a cada Copa do Mundo. Geralmente, há três categorias nas quais cada proposta é avaliada, sendo que somente a aprovação em cada categoria permite que a proposta seja votada no Congresso da FIFA. São elas:

1. Avaliação de Conformidade: Essa avaliação analisa se a proposta atendeu ou não às regras do processo licitatório e se a proposta atende aos requisitos de hospedagem pré-determinados;
2. Avaliação de Risco: Essa parte avalia a sustentabilidade, o impacto nos direitos humanos e a estrutura financeira do país que deseja sediar a Copa do Mundo. Esse costuma ser um tópico polêmico, visto que sempre há vista grossa em determinados pontos. O Catar, por exemplo, tem sido alvo de várias denúncias de violações de direitos humanos, mais ainda assim conseguiu a sua aprovação para o torneio de 2022;
3. Relatório de Avaliação Técnica: Esta última categoria avalia a capacidade do país candidato de fornecer a infraestrutura e as comodidades comerciais necessárias para sediar uma Copa do Mundo. Devido à enorme escala financeira e física desse evento, as nações devem demonstrar que são capazes de fornecer estádios, hospitalidade e serviços suficientes.

Se uma proposta passar com sucesso em cada uma dessas três avaliações, ela será aprovada para o processo de votação. A FIFA incorpora essas avaliações para garantir que uma nação anfitriã esteja de acordo com seus padrões financeiros, sociais, sustentáveis e direitos humanos determinados.

Uma palavra final

É interessante mencionar que, em tese, o Congresso da FIFA pode não chegar a um consenso em determinar o país-sede após a pré-seleção ou o referendo. Para este cenário, a FIFA pode convidar mais de seus entes federados a concorrer ao status de anfitrião. A partir daí, a preparação da proposta e o processo de votação são repetidos até que uma nação seja finalmente selecionada.

A nação anfitriã é a única seleção que se classifica automaticamente para a Copa do Mundo. Embora algumas equipes sejam mais propensas do que outras a se classificar com base em seu financiamento, habilidade e recursos, nenhuma seleção tem direito a uma vaga automática na Copa do Mundo senão a do país-sede.

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Para se classificar para a Copa do Mundo, as seleções nacionais competem em um processo de qualificação que envolve jogar contra outras seleções nacionais do mesmo continente. A FIFA determina o número específico de nações de cada continente que podem entrar na Copa do Mundo para garantir uma competição global composta por uma seleção diversificada de equipes.

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